A ALTRI Florestal e a Montis celebraram um protocolo para que a Montis assuma a gestão de 50 hectares de terrenos florestais pertencentes a esta empresa.
A área cedida está dividida em duas propriedades, nos vales dos rios Paiva e Deilão, concelhos de Arouca e S. Pedro do Sul.
É um grande passo para a Montis, e uma responsabilidade que nos assusta e entusiasma, permitindo aumentar a nossa área de atuação e experimentar novos modelos de gestão.
Estamos a lançar as bases para um plano de gestão, a procurar recursos e parceiros para o executar, enfim, a trabalhar nas bases do que é uma experiência com muitos riscos e oportunidades.
Neste caso a ALTRI cede o terreno, mantendo a gestão das manchas de produção de eucalipto que existem nas propriedades, mas caberá à Montis encontrar os recursos para a gestão, para a qual temos carta branca do dono do terreno.
Contamos com os sócios para saber o que fazer, avaliar o que for feito, criticar as opções e, esperamos nós, celebrar o que o merecer.
Falhar é sempre mais fácil que ter sucesso, mas não será por não tentarmos que seremos conhecidos, mas por tentar tantas vezes quantas as que nos permitirem o engenho e a arte de que formos capazes.
Boa Notícia!
Eucaliptos? Humm…
Vítor
Caro Vítor,
Pode ser mais específico no seu comentário? É bom que as objecções ao que fazemos possam ser discutidas de forma clara, não para que cheguemos todos à mesma opinião, mas para que todos saibamos as razões de cada um.
henrique pereira dos santos
Se calhar é (quase) um preconceito mas os inconvenientes da proliferação de eucaliptos (quase só para proveito das celuloses) são bem conhecidos! E eu embarco nessa onda…
Com todo o respeito pelos objectivos e trabalho da Montis, não iria por aí.
Admito, por desconhecimento do dossier, estar a opinar mal…
Vítor
Caro Vítor,
Há, na Montis, opiniões muito diversas sobre a produção de eucaliptos, mas o que está em causa aqui é a gestão de 50 hectares que não são de eucalipto.
Poderiam sê-lo e, nesse caso, se o terreno fosse da Montis seriam, com certeza, reconvertidos. Se o terreno fosse de terceiros, dependeria do tipo de acordo a estabelecer com o dono do terreno.
Mas no caso concreto não são de eucalipto, são propriedade de uma das celuloses que nos cede a sua gestão, dando carta branca à Montis nas opções de gestão.
A minha sugestão é que venha ver os terrenos, será surpreendido com a sua qualidade paisagística, os valores naturais que encerram e as grandes oportunidades de gestão para a biodiversidade que criam.
Assim tenhamos nós os recursos e a capacidade para transformar essas oportunidades em realidades.
henrique pereira dos santos
Irei, e certamente sucumbirei perante a paisagem ( o Paiva é um dos meus rios preferidos).
Mas, perdoem-me a insistência, eucaliptos naqueles vales, não condizem!
De todo o modo, antes estar lá a Montis do que outra monstruosa celulose qualquer.
Ainda pensei (pensámos alguns de nós) que com a já há muito consolidada informatização da vida profissional e privada se caminharia no sentido de tornar o papel dispensável…
Lamentavelmente, parece estar a passar-se o contrário: facturas em duplicado, outdoors, embalagens, actas, fichas, senhas, lenços, etc. são a face visível deste irracional desperdício consumista…
Vítor
Caro Vítor,
Perdoe-me também a insistência: o que está em causa não é a discussão sobre eucaliptos naqueles vales, mas a gestão concreta destes 50 hectares (que até nem têm eucaliptos, apesar do seu proprietário ser uma das celuloses).
Na Montis existem opiniões muito diversas sobre a produção de eucalipto, mas existe uma convergência muito grande sobre os modelos de gestão que iremos adoptar.
É nessa convergência que nos queremos concentrar para fazer coisas concretas que ajudem a conservação e o património natural a estar mais perto das pessoas e da economia.
henrique pereira dos santos