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Hoje a Montis lança a sua terceira campanha de subscrição pública, como se diria antigamente, de financiamento colaborativo ou de crowdfunding, como se diz agora.
Desta vez a ideia é bastante simples, trata-se de dar maior expansão e consistência a uma experiência feita este ano com base no trabalho de Luis Maurer, um estagiário alemão que esteve connosco recentemente: potenciar a sementeira de bolotas por gaios, disponibilizando bolotas de acesso fácil e diminuindo a concorrência de outros grandes comedores de bolotas (os ratos e os javalis, por exemplo).
No próximo Outono, visto que temos de esperar de novo pela estação favorável para a apanha de bolota, a Montis irá colocar tabuleiros em todos os terrenos sob sua gestão, provavelmente mais que um em alguns terrenos, que encherá de bolotas regularmente, tirando partido do comportamento conhecido dos gaios que consiste em armazenar um grande número de bolotas, entre 3 a 5 mil por época, das quais algumas darão origem a novos carvalhos.
Este processo será acompanhado de várias formas, procurando-se perceber se os gaios os usam regularmente, em que condições usam mais e usam menos, divulgando-se depois os resultados para que qualquer pessoa possa usar a técnica onde entender.
Os primeiros ensaios deste ano são pouco conclusivos, foram colocados dois tabuleiros experimentais, um dos quais ardeu em 15 de Outubro, e foram feitos com tabuleiros artesanais. Na execução da campanha vamos usar tabuleiros produzidos pela Toscca, uma das empresas da zona industrial de Oliveira de Frades que foram afectadas pelos fogos de 15 de Outubro.
O nome da campanha é retirado do sermão de sexagésima, de Padre António Vieira e, em especial, resulta desta parte do sermão “Entre o semeador e o que semeia há muita diferença. Uma coisa é o soldado e outra coisa o que peleja; uma coisa é o governador e outra o que governa. Da mesma maneira, uma coisa é o semeador e outra o que semeia; uma coisa é o pregador e outra o que prega. O semeador e o pregador é nome; o que semeia e o que prega é acção; e as acções são as que dão o ser ao pregador. Ter o nome de pregador, ou ser pregador de nome, não importa nada; as acções, a vida, o exemplo, as obras, são as que convertem o Mundo. O melhor conceito que o pregador leva ao púlpito, qual cuidais que é? — o conceito que de sua vida têm os ouvintes.”
Essencialmente a campanha é sobre isto, sobre a utilização das acções dos gaios na sementeira de carvalhos, e quem nos quiser apoiar pode entrar na página da campanha (https://ppl.com.pt/prj/montis), ou pode falar connosco rapidamente, que a campanha é muito curta (montisacn@gmail.com)

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