A Montis tinha, desde o início, uma vontade muito grande de ter a gestão directa de um terreno, por mais pequeno que fosse, por mais mal tratado que fosse, qualquer coisa que aos poucos fosse tendo mais biodiversidade em consequência das nossa opções de gestão – que incluem, em algumas circunstâncias, a não gestão.
Com o êxito inesperado e saboroso da subscrição pública que fizemos e os acordos no baldio de Carvalhais e com a Altri, rapidamente passámos a ter esse tal espaço para ir modelando, lenta e cautelosamente.
Não tanto por sermos uma pequena associação com poucos recursos, mas sobretudo por termos esta preocupação de fazer directamente, achámos que seria necessário pensarmos como mobilizar voluntários para nos irem ajudando na gestão dos terrenos.
Sabíamos, e sabemos, que isso é uma corrida de fundo, não estamos muito interessados em grandes acções de voluntariado de um dia (não temos nada contra, seja bem vindo quem vier por bem) mas mais em ir criando maneiras de manter acções de gestão mais ou menos constantes ao longo do tempo e em que quem quiser participar possa ter oportunidade de fazer, de ver fazer e de compreender o que acontece quando se faz.
É a altura de fazer um grande agradecimento aos necessariamente poucos (é uma inevitabilidade serem muito poucos os que podem e querem ter uma actividade regular na gestão dos terrenos) que têm estado mais disponíveis e mais têm participado nestas acções, porque são os que, mantendo constante o esforço, permitem que outros apareçam de vez em quando, permitem partilhar com outras organizações o esforço de gestão e permitem que, com o tempo, mais pessoas se possam vir a juntar.
Muito, muito obrigado.
Não prometemos que vamos conseguir fazer melhor das próximas vezes, ser mais organizados, definir melhor calendários, enquadrar melhor em diferentes actividades, comunicar melhor, responder melhor aos interesses dos associados para que haja mais gente, mas prometemos esforçar-nos para que isso seja possível.
E entretanto, por mais pequenino que pareça o efeito do trabalho que é feito, a verdade é que a gestão dos terrenos vai existindo e fazendo o seu caminho.
Estamos convencidos de que o esforço dará os seus frutos no futuro.