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Este sábado (dia 4), por entre as previsões de chuva que não se realizaram, percorremos a aldeia de Cortegaça, freguesia de Janarde e suas imediações com o objetivo de debater a problemática das espécies invasoras no pós fogo.

Com a contribuição do Projecto invasoras e os conhecimentos da Hélia e da Elizabete Marchante, foi possível entender melhor a importância do controlo destas espécies e a sua relação com o fogo.

Houve duas espécies que foram o centro das nossas atenções, nomeadamente a Acácia dealbata (mimosa) e a Hakea sericea, as quais apresentam estratégias distintas como forma de utilizar o fogo em seu proveito.
Hakea não afetada pelo fogo na base de uma encosta ardida.

A semente da Hakea é produzida anualmente e encontra-se num invólucro protector, contudo a semente (à excepção de libertações pontuais e residuais) apenas é libertada no momento em que a planta é afetada, quer seja por corte, por fogo ou por outro tipo de perturbação. Como visível na fotografia em baixo a sua germinação ocorre rapidamente.

Semente da Hakea.
Germinação da Hakea.

Fotografias de Nuno Neves.

Por sua vez, as mimosas efectuam uma libertação de sementes anual, cujas permanecem em repouso no solo, constituindo um banco de semente capaz de germinar em grande número após eventos favoráveis, como é o caso da passagem do fogo, o qual elimina várias espécies anteriormente presentes e cria espaço para o seu crescimento.

Explicações perto de um núcleo de mimosas


Por fim, de regresso ao centro de Cortegaça, houve tempo para relaxar, conviver mais um pouco e desfrutar da merenda da Montis. 

Aldeia de Cortegaça.

Quanto às Acácias, no próximo dia 12 de Março, no voluntariado da Montis iremos efetuar uma ação de controlo através de descasque no baldio da Granja, Freguesia de Valadares. Inscrições e informações através de montisacn@gmail.com ou 926277545 (Luís Lopes)

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