No nosso primeiro fogo controlado, tudo correu como previsto.
É verdade que era uma zona mais fácil, com matos diferentes.
Hoje, pelo contrário, sabíamos que estávamos a queimar na situação mais difícil de todas: giestal alto, denso e contínuo.
E é difícil porque se se mantém a intensidade de fogo baixa, a giesta não arde e não há combustíveis no solo para ir fazendo progredir o fogo. Se se aumenta a intensidade para garantir a queima da giesta, então sabemos que estamos em situações limite.
Apesar do planeamento do fogo, queimando de fora para dentro, acabando por reforçar as faixas de contenção com a queima das situações marginais, a verdade é que a partir de certa altura era precisa alguma intensidade de fogo o que, naturalmente, tende a provocar projecções.
Três dessas projecções deram origem a focos de incêndio, fora da área delimitada pelas faixas de combustível, uma delas tendo caído numa área de giestal denso, sem acessos.
Ou seja, desta vez teve de se andar a correr atrás do fogo, com a ajuda dos bombeiros de São Pedro do Sul e Santa Cruz da Trapa, o que é sempre uma situação mais difícil, mais demorada e de resultado mais incerto.
No fim correu tudo bem, acabámos por ter mais uns quatro ou cinco hectares queimados que o previsto, o que não é mau para a gestão.
O próximo fogo, também em giestal denso, portanto correndo os mesmos riscos, está aprazado para o próximo Outono.
Depois haverá um ano sem queima nesta propriedade, e ao fim do quarto ano, lá voltamos ao talhão inicial.
Foi um bom dia, com um grande empenho da GIFF e dos bombeiros e para a Montis significa mais uma frente de trabalho aberta.