print
Fotografias de Nuno Neves

Havia o passeio ao Caramulinho.
“Mas vimos de tão longe, não se arranja aí um bocado de trabalho para fazer?”
Há pessoas assim, cuja disponibilidade e gosto por fazer é grande e constante, e a Montis procurar ser capaz de estar à altura desta disponibilidade.
O Luís, em vez de começar a folga mais cedo, disse que sim, que ficava para a tarde de Sábado e para o Domingo, depois se veriam os dias de compensação.

Na tarde de Sábado, depois do passeio e merenda, rumo ao carvalhal de Vermilhas, visitar o que está feito, ver como evolui, dar uso aos trilhos abertos para que se mantenham abertos e, ainda por cima, mais uma ajudinha a alguns carvalhos para os preparar para o próximo fogo.
No Domingo foi-se para mais longe, para o baldio de Carvalhais, fazer uma coisa menos habitual em associações de conservação: ajudar a regeneração natural de pinheiro a evoluir, para ver se chegamos à resinagem antes do próximo fogo.
Neste caso não está em causa directamente a biodiversidade ou a resiliência ao fogo, mas sim trazer gestão que nos permita ir mantendo, sustentavelmente, algum mosaico.
O trabalho correu bem e ainda deu para ir dar atenção a uns pequenos núcleos (na verdade quase árvores isoladas) de mimosas que por lá estão e que teremos de controlar enquanto é relativamente fácil.
E não contentes com tanto trabalho oferecido, ainda trouxeram companhia e a Montis fez uma nova sócia.
É  este o modelo de gestão da Montis: passos de pessoas comuns, pequenos ou grandes, os que forem possíveis, mas sempre no mesmo sentido.
Até agora não nos podemos queixar da generosidade de quem se tem interessado pelo que fazemos.